Na manhã desta quarta-feira (19), em Louveira (SP), uma mulher foi conduzida ao Distrito Policial após agredir o próprio filho, de 13 anos, informou a Guarda Municipal e a Polícia. O adolescente estava sendo medicado no Pronto Atendimento do bairro Santo Antônio, após relatar uma crise de ansiedade, quando o médico percebeu lesões compatíveis com agressão.
De acordo com registro de ocorrência, o menor afirmou que a mãe o agrediu com golpes enquanto segurava o cabo de um carregador de celular. Ela admitiu as agressões e disse que agiu como “forma de correção”. A motivação relatada para a reação foi a abertura de uma conta bancária virtual pelo adolescente e uma transferência de R$ 3 feita sem autorização. A mãe alegou que havia orientado o filho previamente para não repetir a ação.
A Conselheira Tutelar acompanhou o atendimento no hospital e, após liberação médica, o menino ficou sob os cuidados da tia. A agressora foi conduzida à Cadeia de Itupeva, conforme decisão do delegado responsável pela ocorrência.
Contexto e dados nacionais sobre violência doméstica contra crianças e adolescentes
No Brasil, segundo o Observatório Nacional dos Direitos Humanos, foram registradas 54.490 ocorrências de violência sexual contra crianças e adolescentes em 2022, incluindo estupros e exploração sexual, sendo 95,4% dessas ocorrências classificadas como estupro.
De acordo com a Agenda Transversal Criança e Adolescente (2025), entre 2022 e 2023 houve um aumento de cerca de 30% nos crimes violentos não letais contra crianças/adolescentes, especialmente estupro, maus-tratos e lesão corporal por violência doméstica.
O Anuário Brasileiro de Segurança Pública de 2025 aponta que, em 2024, 61% dos estupros registrados foram cometidos contra crianças e adolescentes de até 13 anos.
Dados do Ministério das Mulheres mostram que, de janeiro a julho de 2025, o Ligue 180 registrou 594.118 atendimentos e 86.025 denúncias de violência contra mulheres. Nesse universo, 41,4% correspondem a violência física, 27,9% a psicológica e 3,6% a violência sexual.
Relatório “Atlas da Violência” revela que, no Brasil, aproximadamente 8 em cada 10 agressões contra meninas e mulheres são cometidas por homens.
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