Alerta Bilionário: MP Aponta Irregularidades na Injeção do BRB no Banco Master

Blog Economia

Brasília / São Paulo — Novas sombras se formam sobre a já turbulenta história do Banco Master. Documentos do Ministério Público apontam que o Banco de Brasília (BRB) injetou R$ 16,7 bilhões na instituição entre 2024 e 2025, e há indícios de gestão fraudulenta nesse aporte, segundo investigação em curso.

O que revela a investigação

De acordo com promotores, parte desse capital — R$ 12,2 bilhões — teria sido paga pelo BRB ao Master por carteiras de crédito cuja validade não teria sido confirmada.

Posteriormente, segundo o MP, o BRB teria adquirido outras carteiras do Master num valor estimado em cerca de R$ 4 bilhões. No documento citado, o MP afirma que há indícios de crime previsto na Lei 7.492/86 (“gerir fraudulentamente instituição financeira”), com pena de 3 a 12 anos de prisão.

A investigação menciona ainda que a participação de dirigentes do BRB nesse esquema pode ter “ ocasionado prejuízos à higidez do sistema financeiro nacional”.

Outros elementos que acentuam a crise

A CVM (Comissão de Valores Mobiliários) já identificou indícios de que o Banco Master inflava artificialmente seu patrimônio por meio de investimentos em empresas sem capacidade econômica real. Também há investigação da Polícia Federal sobre fraude envolvendo precatórios, levantando suspeitas de que ativos do Master foram sobrevalorizados para inflar balanços.

No âmbito institucional, o MPDFT (Ministério Público do Distrito Federal) já tentou barrar a assinatura definitiva da compra do Master pelo BRB, alegando falta de autorização legislativa para a transação. Por sua vez, o Banco Master nega irregularidades e afirmou que todas as operações com o BRB “seguem o rito normal de aprovação regulatória”.

Opinião RSC News

Para a RSC News, esses novos desdobramentos representam um sacode institucional profundo — não é apenas uma crise de reputação, mas um risco sistêmico:

1. Conflito de interesses público-privado — O BRB é um banco estatal, controlado pelo governo local. Injetar uma quantia tão grande no Master, sob suspeita de fraude, levanta sérias questões sobre governança e transparência.

2. Risco para investidores e para o sistema financeiro — Se realmente houver fraude no aporte de créditos e na valorização de carteiras, isso pode comprometer não apenas o Master, mas arrastar o BRB e afetar a confiança em bancos públicos.

3. Responsabilidade regulatória — Cabe ao Banco Central, ao Ministério Público e demais instituições assegurar que essa operação não coloque em risco os depositantes, nem transforme o BRB numa “ponte para captação de recursos de alto risco”.

4. Importância da investigação — É fundamental que as apurações avancem de forma rápida, transparente e com consequências reais para os responsáveis, para restaurar a credibilidade do sistema e proteger os investidores menores.

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