Exclusivo: Feminicídio em Americana expõe aumento da violência contra mulheres na região de Campinas

Blog Segurança

Na manhã desta sexta-feira (24), um crime brutal chocou a cidade de Americana, no interior de São Paulo. Um homem foi preso após confessar o assassinato de sua esposa, identificada como Maria Aparecida da Silva, de 38 anos. O crime ocorreu na residência do casal, no bairro Jardim São Paulo, e foi presenciado por dois filhos menores. Segundo a Polícia Civil, o autor do crime alegou ciúmes como motivação para o feminicídio.

Cenário da violência contra a mulher na região de Campinas

Este caso trágico se insere em um contexto preocupante na região de Campinas. Dados da Secretaria Estadual de Segurança Pública indicam que, desde 2015, a região soma 133 casos de feminicídio. Além disso, em 2025, Campinas registrou 13 feminicídios em apenas sete meses, conforme levantamento da organização A Verdade. Apesar de políticas públicas implementadas, como a Casa da Mulher Campineira, a violência contra a mulher continua em ascensão.

Repercussão e mobilização social

O caso em Americana gerou indignação e mobilizou movimentos sociais que cobram ações mais eficazes das autoridades para combater a violência doméstica. Organizações feministas destacam a necessidade de políticas públicas mais robustas e de maior investimento em serviços de acolhimento e proteção às vítimas.

O que dizem os dados?

Embora o Estado de São Paulo tenha registrado uma redução no número de feminicídios entre janeiro e fevereiro de 2025, com 42 casos, nove a menos do que no mesmo período do ano anterior, a violência contra a mulher permanece uma preocupação constante. Especialistas apontam que, apesar das quedas pontuais, o número de homicídios femininos no Brasil teve um crescimento de 2,5% entre 2022 e 2023, segundo o Atlas da Violência 2025.

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